escrevo para o vento, para a nuvens sem destino
escrevo palavras-água, dissolvendo o tempo
escrevo o amor nas asas dos pássaros,
na sinfonia das cigarras, dos grilos, das rãs;
nas flores que dançam livres nos campos
ou à beira dos caminhos
quando não penso danço como essas flores
em movimentos simples, doces, imprevisíveis.
abro os braços e digo baixinho: "sou uma flor"
e logo tudo se transforma ao meu redor
e dentro de mim.
finalmente, dos meus pés nascem raízes que
perfuram a terra e se alongam, multiplicam, aprofundam
até ao coração da mãe
helena isabel, com a ponta dos dedos a arder
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