quarta-feira, 6 de março de 2013

O que se chama de «criança interior»?


Caro amigo, o que você chama de criança interior corresponde a uma terminologia precisa, o que quer dizer que, a um dado momento, o ser humano começa a aperceber-se de que ele não é apenas uma personalidade. Mas, além de sua compreensão mental do que é a alma e o espírito, existe algo no interior de si que apenas demanda desabrochar, crescer e tomar a dianteira da cena.

Então, chamou-se, em linguagem poética, a criança interior, mas nada mais é do que a dimensão da alma e do espírito, de toda a eternidade, presente em você.

Então, a criança interior pode apresentar-se de diferentes modos.

Por vezes, vai tratar-se de uma ardência ao nível do chacra do coração, que corresponde à abertura do codificador.

Por vezes, há mudança de modo de funcionamento, por exemplo, das pessoas que se põem a dormir ou a comer mais, porque há a tomada de consciência de outro estado que estava aí, mas que se revela, é o despertar, propriamente dito.

Mas não se esqueça, jamais, de que o processo de despertar é apenas um processo no início do caminho.

É-lhes solicitado, hoje, para ir bem além do despertar; é-lhes solicitado para adquirir a mestria, e isso é outra coisa que não o despertar.

Lembrem-se do que dizia o Cristo, mas, também, do que dizia, sobretudo, São João, em seu apocalipse.

Ele dizia «haverá muitos chamados»: os chamados são aqueles que vivem o despertar, aqueles que são marcados na fronte, ou seja, que sentem os chacras que se abrem, que receberam o Espírito Santo, a Shekinah, mas que devem ir ao fim do caminho, ou seja, fusionar sua materialidade e sua espiritualidade, para fazer ascensionar o corpo de terceira dimensão para a quinta dimensão.

«Muitos chamados, poucos escolhidos».
Então, o despertar à criança interior é algo de essencial, mas é importante não parar na beleza da criança interior, mas ir ao fim do caminho, e o fim do caminho é a mestria.

Ora, a mestria adquire-se apenas na condição de não mais querer controlar sua vida, de fazer a vontade, como dizia o Cristo na cruz: «Pai, que sua vontade faça-se, e não a minha».

Isso é fundamental: a partir do momento em que se vive o despertar (e, sobretudo, para aqueles que vão vivê-lo agora, nos meses, semanas, anos que vêm), não ver o despertar como algo que seja o fim do caminho, mas, efetivamente, o início do caminho, não parar no caminho e ir para a mestria, ou seja, aceitar soltar: aí está a mestria.

Aceitar não mais controlar alguns elementos que os seres que os guiam varrem de seu caminho, de seu interior, diante de sua porta, o que quer que lhes seja proposto, a aceitação total.

Porque, a partir do momento em que o despertar é vivido e, sobretudo, agora, vocês serão confrontados a eventos que poderiam ser, na terceira dimensão, qualificados de desagradáveis, no mínimo, mas que fazem parte, entretanto, do caminho de início para sua mestria.

«Pai, que sua vontade faça-se, e não a minha»: mestria, simplicidade, humildade, acolhimento, aí estão as palavras-mestres.

Eu repito: sem técnica.

Portanto, o despertar é algo de muito belo, que se acompanha, agora (para esses últimos anos, restam seis anos), de manifestações ditas espirituais, místicas, que evocam o que acontece na quinta dimensão, mas essa não é a finalidade. É preciso ir ao fim do caminho, é preciso transcender as coisas que não fazem parte da quinta dimensão.

Na quinta dimensão não há sombra, não há lugar para a sombra, há lugar apenas para a Luz e a Luz é outra coisa, que não o que vocês concebem ao nível mental e outra coisa que não o que vocês puderam viver, alguns de vocês, quando de experiências ditas místicas de confrontação ou de acolhimento da Luz que corresponde ao despertar da criança interior. Isso é a iluminação, mas a iluminação não é o fim do caminho, isso é importante a compreender.

Lembrem-se de que nesse caminho, após o despertar, restará, sempre, uma última armadilha, que é o guardião do limiar, que é o ego espiritual, isso é extremamente importante a compreender porque, durante este período mágico, extremamente poderoso, no qual vocês entraram agora, «muitos chamados, poucos escolhidos», porque é preciso estar consciente de que o apelo, mesmo se vocês ouvem Maria que lhes fale, não é a finalidade do caminho.

É preciso ir transcender, superar o ego espiritual, que quer tudo puxar para ele.

Como dizia Buda: «quando você encontra os poderes, salve-se, rapidamente».

Aí está, então, para salvar-se rapidamente, bem, é preciso demonstrar, fazer prova de humildade, de justiça, de transparência e de simplicidade.

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Editado Por: Jorge Bandeira

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