Para sermos aceitos criamos acordos inconscientes com as pessoas, a partir de onde elas nos impõem suas condições, onde temos que ser e fazer aquilo que é bom para elas. Quando agradamos a pessoa, oferecendo-lhe o melhor que há em nós, ela fica feliz conosco e emana uma agradável energia em nossa direção. Acreditamos que esse é o sinal de que ela nos aceitou. Podemos oferecer nosso melhor de formas variadas: dizendo-lhe sempre "sim", mesmo que nosso coração esteja querendo dizer "não"; presenteando-a com algo material ou com nossa energia mais preciosa; estando prontos para ouvi-la e acolhê-la; ou dando a ela nossa melhor condição de energia-consciência, contendo a vibração de todas as nossas "capacidades e potenciais criativos" para que ela utilize para conquistar seus ideais; enfim, fazemos o que for preciso para que nos aceite.
Muitas vezes, isto se torna um pouco mais "perigoso", pois existem pessoas que são mais exigentes e se sentem superiores a nós, com uma postura de grande arrogância, fazendo com que se sintam num pedestal acima de nós, exigindo que estejamos a seus pés, como que a reverenciá-las. Este tipo de pessoa quer sempre que estejamos à sua disposição para "jogar sobre nós", suas energias negativas, quando está em desequilíbrio, ou para exibir seus feitos e capacidades, enquanto somos apenas humildes - quando não, humilhados - expectadores, assistindo a uma "estrela brilhando no palco". Na verdade, esta pessoa é muito insegura, pois precisa estar cercada de pessoas que julga inferiores a ela, só para se sentir superior. Se temos questões mais intensas relacionadas ao sentimento de rejeição, seremos "vítimas" perfeitas nas mãos desses seres que se julgam superiores a nós. Assim, sempre que estamos diante dessa tal pessoa, nos inferiorizamos e damos a ela toda a nossa atenção e energia, podemos chegar ao ponto de nos colocarmos à sua disposição, como que a servi-la; tudo na tentativa de agradar a esse ser tão "especial e superior". Para nós, estar perto dessa pessoa, que está nos aceitando, é um grande privilégio. Enfim, endeusamos a pessoa, que adora ser endeusada. Isto é muito comum entre os meios espiritualistas onde uma pessoa que se destaca um pouco por suas capacidades e dons diferenciados dos demais, se sente superior aos demais e tem uma legião de "fãs" aos seus pés.
Somos usados por essa pessoa, que não tem o mínimo interesse por nós, não se importa se estamos bem ou não, não se importa se está nos ferindo; somos colocados numa condição até mesmo de submissão e/ou de "mendigo esperando por uma esmola", a esmola de um falso afeto.
Como temos muito medo de sermos rejeitados, nos anestesiamos para não sentirmos o peso esmagador dessa condição, nos iludimos e acreditamos que estar junto dessa pessoa é o melhor que pode nos acontecer. Mas como a vida é sábia e se estamos buscando formas de desenvolvermos o amor próprio, é chegado um momento em que começamos a sentir a dor... neste ponto, já não conseguimos mais nos enganar. A cada encontro com a pessoa começamos a perceber que nos sentimos mais desconfortáveis, fragilizados e sugados do que nutridos e acolhidos. Mesmo assim, por um bom tempo ainda continuamos a entrar no velho jogo. Mas a dor se intensifica, o que é bom, pois ela sempre existiu, mas como não queríamos senti-la - porque teríamos que mudar a situação cômoda -, nos anestesiávamos e sentir dor é um indicador de que já começamos a dar o primeiro passo no sentido da cura desta condição de inferioridade e até humilhação, quando nos contentamos com migalhas.
Nesta tomada de consciência, a raiva se manifesta que, em dose adequada, é muito bem vinda, pois se torna um combustível para reagirmos e dizermos não à condição que tanto nos machuca. Com a raiva, nos afastamos da pessoa, não queremos estar perto dela e, instintivamente, nos fechamos. A pessoa estranha muito nossa atitude, pois sempre nos encontrou inteiramente abertos e 100% disponíveis a ela, o que a deixa perceptivelmente confusa, pois não consegue se localizar dentro da nova condição. Como ela sabe que o que mais nos machuca é a dor da rejeição, e como ela quer nos trazer de volta, seu primeiro movimento para isso é se afastar de nós, dando indícios de que está nos rejeitando. Sentimos esse impacto, porque isso nos machuca mesmo, mas também por conta da intenção que ela teve em nos rejeitar para nos machucar, para que tenhamos medo e voltemos a nos disponibilizarmos para ela. Num primeiro momento, por estarmos na raiva, não nos deixamos envolver e nos mantemos firmes, o que faz com que a pessoa sinta que sua tentativa de nos fisgar não deu certo. Ela se fecha ainda mais, nos evita, se esquiva, para ver se nos afeta a ponto de nos puxar de volta às suas garras. Nesse forte "puxão" e rejeição, poderemos enfraquecer um pouco, pela dor da rejeição, e poderemos nos abrir um pouco novamente, o que será natural. Com nossa aceitação de tudo o que vier a nos acontecer durante esse processo de cura, logo resgataremos a força e determinação em continuarmos a dizer não às necessidades egoístas impostas pela pessoa.
Se essa condição for algo antigo, será um pouco mais difícil de curar e teremos que ter paciência e boa vontade. Quanto mais nos recolhermos, evitando estar perto da pessoa, mais ela irá tentar nos puxar com sua energia psíquica, como tentáculos que se cravam em nossa mente; ela não desistirá tão fácil, pois se acostumou a "tirar, sugar e drenar" o nosso melhor, nossa energia; enfim, ela não se conformará com a ausência de nossa energia sempre à sua disposição. Ela ainda terá poder sobre nós, mesmo que distante, sua influência nos afetará e poderemos nos sentir mal e atordoados com essa energia mal intencionada e intensa. Ainda será assim por um tempo, e teremos que nos manter firmes e fiéis à nossa escolha em dizer não a esse ser tão prepotente e arrogante, e a essa condição tão humilhante, mesmo que isso nos faça viver um momento de maior solidão.
Mesmo que ainda não estejamos nos sentindo muito bem com relação a esse processo, precisamos acreditar que tudo se harmonizará, pois quanto mais aceitarmos, mais nos libertaremos. Chegará um momento em que não importará mais se essa pessoa nos aceita ou não, se gosta de nós ou não. Estaremos com o coração tranqüilo e se a pessoa conseguir superar essa necessidade de sempre estar no pedestal diante de nós, talvez possamos construir uma relação ou amizade verdadeira, em igualdade, onde não haverá um servidor e um senhor poderoso.
Esta será uma grande oportunidade de curarmos nosso medo da rejeição, que nos coloca em situações muito tristes. Ao termos a coragem de dizer "não" ao outro, sendo fiéis ao nosso coração, sem nos importarmos com o que o outro irá pensar, sentir ou fazer contra nós, resgataremos o auto-respeito, o amor próprio e seremos mais felizes. Poderemos então desenvolver novas amizades, construídas a partir de nossa inteireza, de nossa soberania divina, onde não teremos mais uma necessidade e sim um desejo de termos pessoas junto de nós. Se estivermos acompanhados, será muito bom, mas se estivermos sozinhos, estaremos muito bem, sem dor e sem medo da solidão. Somente a partir deste momento é que nos tornamos inteiros nas relações.
Muitas vezes, isto se torna um pouco mais "perigoso", pois existem pessoas que são mais exigentes e se sentem superiores a nós, com uma postura de grande arrogância, fazendo com que se sintam num pedestal acima de nós, exigindo que estejamos a seus pés, como que a reverenciá-las. Este tipo de pessoa quer sempre que estejamos à sua disposição para "jogar sobre nós", suas energias negativas, quando está em desequilíbrio, ou para exibir seus feitos e capacidades, enquanto somos apenas humildes - quando não, humilhados - expectadores, assistindo a uma "estrela brilhando no palco". Na verdade, esta pessoa é muito insegura, pois precisa estar cercada de pessoas que julga inferiores a ela, só para se sentir superior. Se temos questões mais intensas relacionadas ao sentimento de rejeição, seremos "vítimas" perfeitas nas mãos desses seres que se julgam superiores a nós. Assim, sempre que estamos diante dessa tal pessoa, nos inferiorizamos e damos a ela toda a nossa atenção e energia, podemos chegar ao ponto de nos colocarmos à sua disposição, como que a servi-la; tudo na tentativa de agradar a esse ser tão "especial e superior". Para nós, estar perto dessa pessoa, que está nos aceitando, é um grande privilégio. Enfim, endeusamos a pessoa, que adora ser endeusada. Isto é muito comum entre os meios espiritualistas onde uma pessoa que se destaca um pouco por suas capacidades e dons diferenciados dos demais, se sente superior aos demais e tem uma legião de "fãs" aos seus pés.
Somos usados por essa pessoa, que não tem o mínimo interesse por nós, não se importa se estamos bem ou não, não se importa se está nos ferindo; somos colocados numa condição até mesmo de submissão e/ou de "mendigo esperando por uma esmola", a esmola de um falso afeto.
Como temos muito medo de sermos rejeitados, nos anestesiamos para não sentirmos o peso esmagador dessa condição, nos iludimos e acreditamos que estar junto dessa pessoa é o melhor que pode nos acontecer. Mas como a vida é sábia e se estamos buscando formas de desenvolvermos o amor próprio, é chegado um momento em que começamos a sentir a dor... neste ponto, já não conseguimos mais nos enganar. A cada encontro com a pessoa começamos a perceber que nos sentimos mais desconfortáveis, fragilizados e sugados do que nutridos e acolhidos. Mesmo assim, por um bom tempo ainda continuamos a entrar no velho jogo. Mas a dor se intensifica, o que é bom, pois ela sempre existiu, mas como não queríamos senti-la - porque teríamos que mudar a situação cômoda -, nos anestesiávamos e sentir dor é um indicador de que já começamos a dar o primeiro passo no sentido da cura desta condição de inferioridade e até humilhação, quando nos contentamos com migalhas.
Nesta tomada de consciência, a raiva se manifesta que, em dose adequada, é muito bem vinda, pois se torna um combustível para reagirmos e dizermos não à condição que tanto nos machuca. Com a raiva, nos afastamos da pessoa, não queremos estar perto dela e, instintivamente, nos fechamos. A pessoa estranha muito nossa atitude, pois sempre nos encontrou inteiramente abertos e 100% disponíveis a ela, o que a deixa perceptivelmente confusa, pois não consegue se localizar dentro da nova condição. Como ela sabe que o que mais nos machuca é a dor da rejeição, e como ela quer nos trazer de volta, seu primeiro movimento para isso é se afastar de nós, dando indícios de que está nos rejeitando. Sentimos esse impacto, porque isso nos machuca mesmo, mas também por conta da intenção que ela teve em nos rejeitar para nos machucar, para que tenhamos medo e voltemos a nos disponibilizarmos para ela. Num primeiro momento, por estarmos na raiva, não nos deixamos envolver e nos mantemos firmes, o que faz com que a pessoa sinta que sua tentativa de nos fisgar não deu certo. Ela se fecha ainda mais, nos evita, se esquiva, para ver se nos afeta a ponto de nos puxar de volta às suas garras. Nesse forte "puxão" e rejeição, poderemos enfraquecer um pouco, pela dor da rejeição, e poderemos nos abrir um pouco novamente, o que será natural. Com nossa aceitação de tudo o que vier a nos acontecer durante esse processo de cura, logo resgataremos a força e determinação em continuarmos a dizer não às necessidades egoístas impostas pela pessoa.
Se essa condição for algo antigo, será um pouco mais difícil de curar e teremos que ter paciência e boa vontade. Quanto mais nos recolhermos, evitando estar perto da pessoa, mais ela irá tentar nos puxar com sua energia psíquica, como tentáculos que se cravam em nossa mente; ela não desistirá tão fácil, pois se acostumou a "tirar, sugar e drenar" o nosso melhor, nossa energia; enfim, ela não se conformará com a ausência de nossa energia sempre à sua disposição. Ela ainda terá poder sobre nós, mesmo que distante, sua influência nos afetará e poderemos nos sentir mal e atordoados com essa energia mal intencionada e intensa. Ainda será assim por um tempo, e teremos que nos manter firmes e fiéis à nossa escolha em dizer não a esse ser tão prepotente e arrogante, e a essa condição tão humilhante, mesmo que isso nos faça viver um momento de maior solidão.
Mesmo que ainda não estejamos nos sentindo muito bem com relação a esse processo, precisamos acreditar que tudo se harmonizará, pois quanto mais aceitarmos, mais nos libertaremos. Chegará um momento em que não importará mais se essa pessoa nos aceita ou não, se gosta de nós ou não. Estaremos com o coração tranqüilo e se a pessoa conseguir superar essa necessidade de sempre estar no pedestal diante de nós, talvez possamos construir uma relação ou amizade verdadeira, em igualdade, onde não haverá um servidor e um senhor poderoso.
Esta será uma grande oportunidade de curarmos nosso medo da rejeição, que nos coloca em situações muito tristes. Ao termos a coragem de dizer "não" ao outro, sendo fiéis ao nosso coração, sem nos importarmos com o que o outro irá pensar, sentir ou fazer contra nós, resgataremos o auto-respeito, o amor próprio e seremos mais felizes. Poderemos então desenvolver novas amizades, construídas a partir de nossa inteireza, de nossa soberania divina, onde não teremos mais uma necessidade e sim um desejo de termos pessoas junto de nós. Se estivermos acompanhados, será muito bom, mas se estivermos sozinhos, estaremos muito bem, sem dor e sem medo da solidão. Somente a partir deste momento é que nos tornamos inteiros nas relações.
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