O poder ‘criativo’ da música coloca o som como elemento primordial na criação, preservação e mesmo destruição do Universo. As leis que regem a música da natureza são as mesmas que regem a nossa própria existência. Os sons advidos de uma placenta, da respiração, das batidas do coração, dos ritmos do pensamento, do caminhar, do canto dos pássaros, das ondas do mar, ou do vento, fazem parte da mesma música: a Sinfonia do Universo, da qual também somos instrumentos, intérpretes e compositores. Em todas as suas dimensões, inclusive nas estruturas corporais, o ser humano comporta-se sistemicamente. Ou seja, os músculos, os órgãos, o pensamento e as sensações e demais ritmos orgânicos interagem uns com os outros e com o mundo, afinando-se de infinitas maneiras numa Dança Cósmica.
Princípios de harmonia do Universo
- 1. Tudo pulsa, tudo é vibração (energia);
- 2.Os pulsos se interrelacionam, interagem uns com os outros (pulso);
- 3.O ritmo do Universo se expressa por ciclos, periodicidade e previsibilidade (ritmo);
- 4.A harmonia das esferas se configura pelo equilíbrio dinâmico dos sistemas (harmonia);
- 5.Nos sistemas é encontrada a propriedade de se auto modularem de maneira criativa (auto regulação);
As propriedades do som, os pulsos orgânicos e a consciência compreendem uma cadeia de interrelações entrelaçadas em diversos níveis. O estudo destes fenómenos busca aprimorar os conceitos de vibração, harmonia, empatia e afinidade encontrados no tripé: som, energia e natureza. Na música são observadas propriedades de adensamento e rarefacção, tensão e relaxamento, afastamento e convergência a um centro tonal, bem como relações de ordem, periodicidade e repetição - características estas encontradas na dinâmica da natureza do Universo.
Quando ouvimos ou fazemos música estamos nos conectando a um amplo e intenso circuito energético em ressonância com a nossa memória arquetípica (primordial). Determinados pelas estruturas corporais e mentais, campos de força, ou egrégoras (somas de energias), são construídos colectivamente. A energia contida nas matrizes musicais, cósmicas, arquetípicas e pessoais interagem entre si, acessando diversos níveis de realidade. Sabemos que estes campos de força energéticos e determinados por estados de consciência que se formam ao nosso redor são associados à cores, aos ‘estados de espírito’ e à influencia de entes espirituais.Nas várias tradições ancestrais, o aprendizado do xamâ, do sacerdote ou do médico passa, necessariamente, ao aprendizado da sensibilidade a esses campos energéticos.
Os estados “alterados de consciência” oriundos das vivências pela música participativa se caracterizam por um efectiva amplificação energética. Existem códigos sonoros que, juntamente com outros sinais, chamam e sintonizam os elementais da natureza, os santos, os antepassados, os deuses e os orixás. E há musicas extremamente eficientes para irmanar pessoas, criando verdadeiros seres colectivos.
Não há dúvida que a ordem e os padrões de organização subjacentes aos sistemas derivam, em certa medida, dos fluxos energéticos. Todos concordam que a nossa forma de ser e estar no mundo se altera fortemente quando vivenciamos música: que ela é poderosa e eficiente na sublimação, harmonização, comunhão, aglutinação, introspecção etc., qualidades que assumem preponderância nas nossas relações quando são considerados os níveis micro e macro cósmicos.
Em resumo, a perspectiva sistémica apreende o mundo como uma rede de eventos, entes, estruturas, campos, etc., em regime de interdependência, sendo o estado de desequilíbrio dinâmico dos sistemas mantido por afinações determinadas e por influências recíprocas. O material ou a energia liberada por estas conexões com o universo – ou com os deuses – precisam ser elaborados , aceites e integrados ao ego.Esta é a alquimia que talvez o som, mais e melhor do que qualquer outro meio, pode facilitar pela transmutação de um ego medroso e limitado para um ego cada vez mais integrado e harmonioso com a nossa totalidade(Self).
Vivemos num mundo planetário, de síntese, no qual o homem está tendo que aprender, sem abrir mão do conhecimento e do poder acumulados, a recontar com a unidade de Si mesmo, da espécie, do meio ambiente, do planeta, do Universo.
SEBASTIÃO ALVES DE OLIVEIRA
Quando ouvimos ou fazemos música estamos nos conectando a um amplo e intenso circuito energético em ressonância com a nossa memória arquetípica (primordial). Determinados pelas estruturas corporais e mentais, campos de força, ou egrégoras (somas de energias), são construídos colectivamente. A energia contida nas matrizes musicais, cósmicas, arquetípicas e pessoais interagem entre si, acessando diversos níveis de realidade. Sabemos que estes campos de força energéticos e determinados por estados de consciência que se formam ao nosso redor são associados à cores, aos ‘estados de espírito’ e à influencia de entes espirituais.Nas várias tradições ancestrais, o aprendizado do xamâ, do sacerdote ou do médico passa, necessariamente, ao aprendizado da sensibilidade a esses campos energéticos.
Os estados “alterados de consciência” oriundos das vivências pela música participativa se caracterizam por um efectiva amplificação energética. Existem códigos sonoros que, juntamente com outros sinais, chamam e sintonizam os elementais da natureza, os santos, os antepassados, os deuses e os orixás. E há musicas extremamente eficientes para irmanar pessoas, criando verdadeiros seres colectivos.
Não há dúvida que a ordem e os padrões de organização subjacentes aos sistemas derivam, em certa medida, dos fluxos energéticos. Todos concordam que a nossa forma de ser e estar no mundo se altera fortemente quando vivenciamos música: que ela é poderosa e eficiente na sublimação, harmonização, comunhão, aglutinação, introspecção etc., qualidades que assumem preponderância nas nossas relações quando são considerados os níveis micro e macro cósmicos.
Em resumo, a perspectiva sistémica apreende o mundo como uma rede de eventos, entes, estruturas, campos, etc., em regime de interdependência, sendo o estado de desequilíbrio dinâmico dos sistemas mantido por afinações determinadas e por influências recíprocas. O material ou a energia liberada por estas conexões com o universo – ou com os deuses – precisam ser elaborados , aceites e integrados ao ego.Esta é a alquimia que talvez o som, mais e melhor do que qualquer outro meio, pode facilitar pela transmutação de um ego medroso e limitado para um ego cada vez mais integrado e harmonioso com a nossa totalidade(Self).
Vivemos num mundo planetário, de síntese, no qual o homem está tendo que aprender, sem abrir mão do conhecimento e do poder acumulados, a recontar com a unidade de Si mesmo, da espécie, do meio ambiente, do planeta, do Universo.
SEBASTIÃO ALVES DE OLIVEIRA
Professor de Música e Terapia Mântrica
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