sexta-feira, 8 de abril de 2011

O EU ILUSÓRIO


A palavra "eu" incorpora o maior erro e a verdade mais profunda, dependendo de como é utilizada. No uso convencional, não só é um dos termos empregados com maior freqüência (juntamente com as palavras correlatas "mim", "meu", "comigo", etc.) como é um dos mais enganosos. Na sua aplicação cotidiana normal, "eu" contém o erro primordial, uma percepção equivocada de quem a pessoa é, um sentido ilusório da identidade. Isso é o ego. E o que Albert Einstein, que possuía um admirável entendimento não só da realidade do espaço e do tempo como da natureza humana, chamou de "ilusão de óptica da consciência". Essa identidade ilusória se torna então a base de todas as interpretações - ou melhor, das más interpretações - posteriores da realidade, de todos os processos de pensamento, das interações e dos relacionamentos. A realidade do indivíduo passa a ser um reflexo da ilusão original.
O lado bom disso é que, se formos capazes de reconhecer a ilusão como tal, ela se dissolverá. A identificação da ilusão é seu fim. Sua sobrevivência depende do nosso erro em considerá-la a realidade. Quando compreendemos quem não somos, a realidade do que somos aparece por si mesma. Isso é o que acontecerá enquanto você estiver lendo devagar e cuidadosamente este capítulo e o próximo, que tratam do mecanismo do falso eu a que chamamos ego. Assim, qual é a natureza dessa identidade ilusória?
Aquilo a que costumamos nos referir quando dizemos "eu" não é quem nós somos. Por um ato monstruoso de reducionismo, a profundidade infinita de quem somos confundiu-se com um som produzido pelas cordas vocais ou pelo pensamento do "eu" na nossa mente e com qualquer outra coisa com que o "eu" esteja identificado. Portanto, a que se referem o "eu" comum e os termos relacionados "mim", "meu" ou "comigo"?
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