quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

hora de curar



(...) Desde que as forças involutivas, nos primórdios dos tempos terrestres, introduziram-se na própria matéria que compõe este planeta e os seres que nele habitam, este corpo celeste passou a ser um corpo doente. A enfermidade instalou-se nele como um gás venenoso que se infiltra na atmosfera; passou a fazer parte intrínseca da sua manifestação, e não havia nada e ninguém que pudesse estar sadio. A vibração dessas forças, dentro da matéria, afastaram-na do modelo arquetípico que ela estava destinada a expressar. O reino humano e o animal foram os que mais diretamente entregaram-se ao domínio dessas forças, entre outros motivos, por já terem desenvolvido o desejo em certo grau.

A Terra transformou-se então em um planeta onde a realização divina no plano material era muito difícil, e mesmo os seres libertos, provenientes de mundos celestiais e que aqui encarnavam para cumprir missões, tinham de se sujeitar à densa vibração dos corpos, e redimi-los o tanto quanto a conjuntura planetária permitisse.

Os corpos usados por esses seres, quando atingiam a máxima vibração nos planos terrestres, não se dissolviam após abandonados, mas permaneciam intactos e tornavam-se instrumento de manifestação para outros seres, igualmente evoluídos, que também viessem à Terra servir.

A ação das forças obscuras levou o planeta a um altíssimo grau de densificação. Não fosse a atuação permanente do Governo Celeste Central e a irradiação pura de civilizações intraterrenas evoluídas, ele teria se desintegrado devido à compressão exercida por sua própria capa psíquica sobre o seu arcabouço físico.

Assim, a enfermidade nos planos materiais passou a fazer parte da história deste corpo de sacrifício, que em sua trajetória pelo espaço prosseguiu recolhendo aquilo que em outros pontos do Cosmos era refugado.

Estamos agora no fechamento de um longo ciclo de escuridão, às portas de uma fase em que o planeta se tornará mais sutil. Um expurgo acontecerá, eliminando para sempre a quase totalidade das forças involutivas que cravaram raízes nesta órbita. Entretanto, a perfeição material na Terra é um fato previsto apenas para etapas de um futuro mais distante.

Por isso, aqueles que buscam a cura compreendendo-a como o desaparecimento de sintomas indesejáveis nos corpos materiais estão completamente iludidos pelas mesmas forças involutivas que, de um modo ou de outro, geraram esses núcleos de conflito que são chamados enfermidades.

Somente à medida que os níveis manifestados do planeta forem atingindo um grau de sutilização compatível com a irradiação do elemento-luz presente no interior dos átomos, as enfermidades poderão ser dissolvidas em sua órbita; e, muitas vezes, aquilo que parece enfermidade, é na verdade um expurgo de elementos grosseiros que devem deixar de habitar as células para que um novo equilíbrio possa instalar-se.

A cura não está, portanto, vinculada a agentes materiais. Tantas vezes isso foi dito, e tão pouco compreendido! A cura é a integração da vontade do individuo à vontade suprema; ou, expressando isso de uma forma mais impessoal, a unificação do padrão vibratório presente na manifestação da forma com o padrão arquetípico a que ele sempre se destinou.

Quando somos levados a patamares acima daquele que é o ponto máximo da vibração normal no nosso Ser, sofremos em seguida um assedio das forças involutivas como uma reação ao avanço conseguido. Semelhante a uma onda do mar, um impulso nos eleva; mas se não temos nos corpos uma base que possa sustentar tal vibração, descemos do ponto alcançado e encontramos à nossa espreita forças contrárias a esse fluxo. E são exatamente elas que nos provam, fazendo-nos reforçar a escolha de não retrocedermos e de nos abrirmos para um novo impulso ascendente.

E de ponto em ponto, de prova em prova, vamos galgando sucessivos planos de consciência, aguardando que pela transmutação das nossas energias a Graça nos tire em definitivo desse estado obscuro.

Morya diz, em seus escritos sobre Agni Ioga: “Quanto maior a Luz, maior o monstro”. Mas prossegue dizendo que nas esculturas da antiguidade, os monstros eram os pés do trono.

Sem que o novo código genético esteja totalmente incorporado no Ser, ou antes que a Vida que habita os corpos esteja liberta de vínculos com os planos materiais, a personalidade não suporta confrontar-se com as forças antagônicas. Se esse for o seu estado, será outra a maneira de lidar com tais forças involutivas, como sabemos através de tantos testemunhos dos verdadeiros Santos e Sábios que viveram nesta Terra.

Hoje em dia os corpos materiais do homem estão enfermos, como se uma limitação intransponível os dominasse. O ser interior encontra-se, na maioria dos casos, realmente aprisionado. A matéria não responde a certos impulsos, tendo-se tornado uma massa inerte e orgulhosa. Quase todos os indivíduos necessitam de transmutações básicas para que o Plano possa manifestar-se, e para que não fiquem cristalizados no ponto por eles alcançado com tanta dificuldade.

O passado da humanidade está impresso nesses corpos que hoje utilizamos. Não há como trazermos uma nova vida a esta Terra sem que em nós ocorra a mudança do atual código genético, baseado na hereditariedade, e sem que certas células cerebrais e mentais sejam literalmente substituídas. E tanto um fato quanto o outro só são possíveis com a intervenção de Irmãos Maiores.

As marcas da sífilis, enfermidade que teve origem na antiga Lemúria, ainda hoje estão presentes. Muitas limitações, principalmente cerebrais, existentes na humanidade de superfície, são decorrentes dela.

Fruto do uso desregrado da energia instintiva perpetrado pelo homem, a sífilis prosseguiu atuando de geração a geração e, nem sempre abertamente como doença manifestada, mas como limitação do sistema neurossensorial e inativação de certas células do cérebro, principalmente as ligadas à coordenação entre o estado de consciência e sua expressão externa.

Entretanto, nesse processo não há culpas nem culpados. É uma situação decorrente de um jogo de forças que há muito age na Terra, e que agora está para se resolver. Aqueles que procuram a causa desses males em sistemas políticos ou sociais, na realidade, estão se iludindo e deixando de abrir-se para o necessário trabalho de auto transformação.

É a entrega que os levará á transformação do Ser, única forma de transcender o estágio material e atingir patamares de uma expressão mais cristalina do legado cósmico que, latente, aguarda o momento de se manifestar no homem. (...)

(...) Há circunstâncias nas quais a cura está disponível para o homem por meio de uma medicina mais sutil e próxima da sua finalidade original. Em outros casos, as deturpações sofridas por ele no decorrer de suas encarnações limitam o tratamento a métodos que agridem os próprios corpos. A necessidade de uma terapêutica mais violenta quase sempre se deve a resquícios cármicos que ainda precisam ser equilibrados.

A Medicina sutil que está para ressurgir é fruto também de um intercâmbio maior e mais puro entre a Essência do indivíduo e a rede etérica dos corpos. Nos arquivos sutis estão as chaves para a decodificação e dissolução dos nódulos energéticos que geram as doenças ou desarmonias nos corpos humanos; porém, é principalmente na rede do corpo etérico, onde se refletem processos internos e externos, que se encontram as indicações desses nódulos e dos caminhos para sua cura. Assim, mesmo que um mal possa ter origem em uma estagnação mental, a indicação mais clara e direta para tratá-la será encontrada na rede etérica do indivíduo.

Essa rede, como se sabe, forma o envoltório físico sutil que mantém integrado o corpo físico denso. Um curador nada mais é do que aquele que, tendo possibilidade de comungar da vida interior da Essência do Ser, pode compreender o que essa Essência indica como solução para o desequilíbrio que a emanação etérica reflete.

São raros os curadores que podem trabalhar desse modo. Em sua maioria, eles não assumem a evolução dentro de Leis universais e cósmicas, entregando-se at[e à comercialização. Embora haja na Terra seres bem dotados para a tarefa de curar, ao descerem á encarnação geralmente perdem essa possibilidade, envolvendo-se com os conceitos vigentes da civilização de superfície. Por se renderem aos apelos materiais e, fundamentalmente, aos apelos das forças do ego, esses curadores em potencial se desviam, protelando desse modo a manifestação da verdadeira cura no planeta.

Para que um Ser possa atuar como um curador, internamente ele há deve ter cumprido as etapas do aprendizado das compatibilidades, das afinidades e do sincronismo das energias expressas na matéria. É então capaz de perceber as diferenças de ritmo vibratório em cada substância material ou sutil, e a que situação uma ou outra substância,, com seu ritmo específico, convém. Desidentificado do estado mais denso dos veículos, pode auxiliar indivíduos a terem maior abertura à transmutação e à adaptação dos corpos a campos vibratórios mais sutis. Esse trabalho é regido pelos Raios, e busca canalizar as energias adequadas para os reajustes cuja necessidade foi percebida pela observação da aura etérica do Ser. (...)

(...) Está nas mãos da humanidade ter permanentemente regulada a freqüência e a qualidade da vibração com a qual se sintoniza. Um ser humano é, simbolicamente, como um aparelho de radio que está sempre operando.

Seus estados de animo, atos, inclinações, aspirações e entrega caracterizam o material que o permeia e o compõe, qualificam o seu trabalho nos planos materiais da vida e determinam em que grau se expõe a núcleos de desarmonia. (...)

(...) Muitas das enfermidades que agora assolam os já desgastados veículos físicos do homem são condensados de desequilíbrios que, trazidos pela lei do carma, devem ser dissolvidos. Novas enfermidades desconhecidas estão já em circulação pela superfície da Terra. Vírus não detectados pela ciência e outras modalidades de desarmonias se infiltrarão nos corpos daqueles que oferecem campo fecundo para isso.

Somente pela Graça será possível liberar o homem desse processo degenerativo. Entretanto, alguns pontos básicos podem ser lembrados: se o seu destino for o desencarne, ele deve encará-lo com tranqüilidade; se for permanecer enfermo e consciente do processo, deve aprender a compreender a dor e aceitá-la; se for restabelecer a saúde e o equilíbrio, ainda que parciais, deve estar apto a reconhecer a nova tarefa que irá receber externamente, e a cumpri-la. O homem precisa cuidar da vida do Espírito, em primeiro lugar.Cuidar de contatá-la, de absorvê-la, de irradiá-la. É possível fazer isso independentemente da situação em que esteja. Qualquer que seja ela, o homem deve ser grato – pois na gratidão encontram-se as chaves para prosseguir em ritmo ascendente e compatível com a tensão dos tempos de hoje.

O homem terrestre trilhou caminhos obscuros, e traz gravadas nas células de seus corpos as marcas dessa trajetória. As Limonadas resgatáveis que despertaram estão, neste período planetário, voltadas para o Cosmos, tratando de desvincular-se, em diferentes graus, dos processos materiais. (...)

(...) Estando encarnado, ao ser cabe lidar com seus veículos, procurando elevar-lhes a vibração.

Todos os cuidados nesse sentido devem tomados desapegadamente (inclusive a alimentação, higiene e postura), sabendo que o verdadeiro processo é o desenvolvimento da consciência. Cabe ao ser contatar o propósito interior e cumpri-lo em todos os níveis. (...)

(...) É importante que se esteja desidentificado dos corpos, dos seus condicionamentos, de respostas mecânicas, que se esteja pronto para renascer a cada momento – preparado, portanto, para a todo instante morrer para o que se é em aparência. Na presente situação planetária, é hora de entregar mais profundamente a própria vida – vida que ilusoriamente pensamos ser nossa, quando na verdade é do Único. (...)


CDS de Trigueirinho que ampliam estes temas:

– Hora de Curar
– Processos Futuros de Cura
– Elementos de Cura
– A Medicina de Cura Interior
– Casa Vida
– Casa do Silêncio e a Cura
– Cores na Cura e a Formação da Nossa Nave
– Cura Cósmica em Nosso Ser
– Cura
– Cura Profunda
– Curadores Vidas em Ascensão – Artur
– Busca da Imunidade – Clemente


Trechos extraídos do livro:

HORA DE CURAR
Trigueirinho – págs. 13 a 17, 19, a 25.
Editora Pensamento - 1992

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